É um filhote de labrador ou algo mais?
Hoje acordei tarde, estava muito cansada e precisava dormir um pouco mais. Ao levantar, percebi que estava sozinha em casa. Esperei um pouco sentada no sofá, com muita preguiça, é claro, e resolvi fazer o meu café-da-manhã. Quando olhei para a porta dos fundos, vi uma sombra. Era ela. Sempre fiel, esperando uma oportunidade para entrar em casa e fazer o que faz de melhor: bagunçar.
Nina é uma cadelinha, filhote de labrador, preta, linda e muito, mas muito danada! Não é exagero! Às vezes acho que ela é tudo, menos um cachorro, é tudo, menos normal. Quando entra em casa, parece que traz consigo um furacão. Sai derrubando tudo, comendo tudo, rasgando tudo... louca!
Não sei bem o que se passa com ela, tem energia demais que parece não acabar nunca! Mas é o cão mais fiel que já vi. Aonde vou dentro de casa ela me segue, mesmo estando quase dormindo, levanta e vai deitar aos meus pés onde estiver.
Ontem, ela estava fazendo uma bagunça daquelas e eu tentando ignorá-la, técnica para ver se deixa de fazer as coisas que a gente não quer, sentada no sofá com o computador. Ela, percebendo que eu não estava nem aí, chegou e abocanhou meu pé. Briguei e a empurrei. Ela, sabida, voltou, é claro! Fez a mesma coisa. E o pior é que ela ficou olhando o meu rosto, esperando a minha reação e eu também fiz a mesma coisa: briguei e peguei o chinelo.
Não ia bater nela, era só para assustá-la. Nina saiu correndo doida ao redor do sofá e ia de um lado para o outro. Quando parava, eu balançava o chinelo e ela saía correndo outra vez, até que esbarrou no ventilador que estava em cima de um banquinho, derrubou e ficou lá, toda esparramada no chão com o banquinho e o ventilador ainda funcionando. Olhou pra mim com uma cara... divertida! A língua pendurada, ofegando e o rabo balançando como se estivesse dizendo "de novo!".
Às vezes, nem acredito que ela seja só um filhote, parece ser algo mais... parece que ela sabe, que tem consciência da nossa presença, do nosso amor, das nossas necessidades... não parece ser apenas um cão.
Logo depois de casarmos, fomos comprar um cão e ela era a mais esperta, seu pêlo brilhava mais, era como se fizesse de tudo para chamar a nossa atenção para que a escolhessemos. Foi isso o que aconteceu. Já no caminho de casa, ela ia dentro de uma caixa de papelão e não deu outra... começou a comê-la! Caímos na gargalhada, pois era igualzinha ao cão do filme que nos incentivou a possuir um labrador "Marley e eu".
Naquele momento família, percebi que a partir dalí tudo seria diferente e que ela, Nina, passaria a ser o centro das atenções, percebi também que se quisesse ter a minha casa em ordem, com os móveis inteiros, ela teria que ser educada ou passaria grande parte do tempo presa. Por enquanto, ela está presa.